31 de julho de 2018

QUE BELEZA DE PERNAS...


 Imagem: Amar e Ser Amado


Que beleza de pernas...


A praia não está deserta
É o que vos posso dizer
Boa perna me desperta
São boas pela certa
E me dão o seu prazer

Quem me dera a teu lado
Nessa praia de branca areia
Para te cantar o meu fado
Para outros um grande brado
O fado que tenho na ideia

És bela e eu gosto de ti
Tanto, que nem sei dizer
Nessa praia o que senti
É que na ideia jamais menti
Tens um corpo de se ver

Um corpo tão bem feito
Que me dá o seu prazer
De o olhar fico sem jeito
Tal é esse teu preceito
Mas continuo a o querer

E tu que assim me desafias
Tapa lá as tuas pernas
E de mim jamais te rias
Na beleza dos belos dias
Ou pelo menos destas cenas

Ai meu Deus o que eu digo
Valha-me que ninguém ouviu
Olham só para o seu umbigo
Eu que sempre fui teu amigo
Minh’alma foi isso que sentiu!

AQUELE TEU MEIGO OLHAR


Imagem do Google


AQUELE TEU MEIGO OLHAR


Já ronrona o motor, do pequeno avião; 
Com telas ao sol lá começa a descolar,
E com ele nós ascendemos, a imaginar
Ficar só os dois naquela azul amplidão!

A manhã é divina de um azul virginal;
Como se eleva ao céu fugindo da terra
Em ascensão serena como a águia-real
Sugada por térmica em cima de serra!

E num devaneio pusemo-nos a sonhar
Nas alturas onde a terra parece queijo;
Tudo se enflorou naquele meigo olhar!

No meio do céu com o avião a planar
Em piloto automático demos um beijo.
Durou até à hora de termos de aterrar!

Alfredo Costa Pereira

28 de julho de 2018

A MAGIA DA 'GEOGRAFIA'


Imagem : Beautiful world,nature,flowers,love and Art.


A MAGIA DA 'GEOGRAFIA'


Ele olhou para ela e ela ousou viajar
P´la 'geografia' daquele olhar
Contemplativo à sua 'geografia'

Ele compôs a canção «Sol-Mar» 
Para a conquistar e ela quis desenhar
A rosa dos ventos p´la argilosa areia.

Ele ficou contente naquela 'geografia'
E levou-a a mergulhar p´la 'geografia'
De seu mais-que-robusto universo.

Ela ficou abismada com a aventura
E ele premiou castelos em fina areia
Edificada em conchas do mar d´altura.

Ele e ela espraiaram p´la 'latitude'
Percecionando o cume em 'altitude'
Descobriram que há outra 'longitude'.

Ele e ela - o fenómeno da poesia
Momentânea que desmoronou o verso 
Aquando finou a magia da 'geografia'.

© Ró Mar

26 de julho de 2018

Não se Esgotam as Palavras de Amor


Imagem: Google


Não se Esgotam as Palavras de Amor


Quando me dizes, bom dia meu amor
muitas vezes penso e não te digo
hoje meu amor não me chamaste flor
e és sempre tão constante e conciso.

Sinto-me por ti amada e sou feliz
não esgotamos as palavras de amor
com magia mostras o teu cariz
num sorriso brilhante e sedutor.

As palavras não se vão, se há amor
quando nos entregamos com ardor
recriam-se nos dias na alegria.

Haja sol ou chova do escuro céu
mimas-me com abraços e és meu
Divertimo-nos cantando à chuva...

Maria Lúcia Saraiva

HUMANA PERDIÇÃO


obra de Charles Lenoir


HUMANA PERDIÇÃO


No teu corpo, belo, sem lei
Encontrei a minha perdição
Quando eu por amor entrei
Discreto nesse teu coração

E, depois de eu nele entrar
Perdi-me e como não sei!?
O, culpado é o verbo amar
Que no singular eu soletrei

Esta estranha combinação
Do mais ténue sentimento
Eleva para outra dimensão
O meu erudito pensamento

Magia de sublime erudição
Que no teu ser lá encontrei
Quando pequei por paixão
E no éden velho eu te beijei

Espero o divino julgamento
Que me conceda absolvição
Que não seja longo o tempo
Se obtiver uma condenação

Mas só o teu corpo sagrado
Libertou-me, aqui da agonia
De sentir-me como culpado
Antes de sonhar esta poesia

Eu, não vejo qualquer razão
Ser condenado p'la divina lei
Só, porque por tua sedução
O, teu corpo de mulher amei.

Joaquim Jorge de Oliveira

14 de julho de 2018

DEIXA-ME PÔR A MÃO...


 Bellissime Immagini 


Deixa-me pôr a mão...


Com uma mão no teu peito
Despertas o meu olhar
E até fico sem jeito
Ao ver tão belo preceito
Que é o que quero amar

Um peito tão perfeito
A olhar para o céu
Nota-se não tem defeito
Meu olhar eu o ajeito
Eu gosto de o ver ao léu

Dá-me teu peito a beijar
Deixa-me pôr a minha mão
Um dia quero com ele brincar
E também o degustar
Acabar com a minha ilusão

Vejo-o desta maneira
Quero-o só para mim
Faz comigo uma asneira
Uma bela brincadeira
Que eu gosto de ti assim

Ai amor o que eu digo
Quando vejo as tuas curvas
Queria ser esse teu amigo
E tu me chamasses querido
E eu ficasse com vistas turvas

Armindo Loureiro

AINDA GOSTO QUE ME HABITES


Imagem : Google


AINDA GOSTO QUE ME HABITES


Numa eclosão de sentimentos
Engulo a saudade
E em surdina chamo por ti
Como se o teu amor tivesse
Outro nome no teu nome
Envolvo-me num doce sonhar
Junto a este mar 
Poetizando em devaneio 
Dissimulo meu pranto
Nas palavras não ditas
Que dançam ao som do vento
Gaivotas pairam sobre o mar
Tão azul... Tão sereno
Entrego-me à saudade com tal intensidade
Numa eloquência delirante 
Que me enfeitiça a alma
E… Ainda gosto que me habites!
Se um dia me quiseres encontrar
Procura-me junto ao mar…
Aquele que era “nosso” refúgio
E nem dávamos conta
Do tempo, das horas passar
E em gotas de suspiros
Num beijo calado, roubado 
Abraça-me...
Veste-me com véu fulgente de sonhos
E ama-me... Ali...
No silêncio do meu grito
Ainda gosto que me habites!

Lurdes Rebelo