CEREJA ME

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CEREJA ME

Num tempo momentâneo

O desejo espontâneo.

Paixão que culmine ao trepidar de um beijo

Num abraço contínuo em que almejo

Todo o corpo e alma fervilhando

Anil de todos os tempos. Amando.

Num mar de rosas que me arrepia

O vínculo à tua utopia.

Poesia que suplico à entrelínea

Há de dar o prazer de alínea 

Expressão que me complete. Ama me

Indescritivelmente. Cereja me.

© Ró Mar

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NÃO ME PEÇAS PARA ESPERAR

NÃO ME PEÇAS PARA ESPERAR

Devia aprender a esperar-te! 

Devia ser mais paciente, mas diz-me como se sossega um sentimento. Ensina-me a reprimir um desejo, quando ele nos grita e implora por uma emoção.

Sonhar-te, já não me basta! 

O tempo em que te levava para os sonhos, e por lá vivia todas as histórias que a imaginação me permitira, esse tempo já passou. Já não tenho tempo para sonhos. Esta paixão exige-me que viva realidades. Este amor procura pelos teus lábios. Este amor alimenta-se de desejos sábios, que nos sonhos são meras miragens.

Não me peças para esperar, quando tudo o que mais desejo é tocar-te.

As palavras carinhosas até que me abraçam a alma, mas o corpo pede cheiros que se misturam e mãos que procuram curvas ousadas para que o amor passe a ser completo.

O nosso amor chegou por entre um sonho, mas agora, ele só quer despir-se e entregar-se a ti. Quer ficar nu na eternidade dessa paixão que o atormenta. 

Por isso, não me peças calma, porque tudo o que quero é que me desassossegues o corpo. Devia ter calma, mas não se pode pedir isso a um coração apaixonado e a um corpo faminto de emoções.

Amar é arriscar, por isso, não posso ficar aqui à espera de que um milagre aconteça. Um milagre foi ter-te encontrado sem te procurar. Agora é hora de te abraçar e não me peças para esperar mais.

O tempo já não tem espaço para guardar todo o amor que tenho para te entregar. 

Os sonhos, esses sim podem esperar. 

Talvez voltem mais tarde, depois de eu sentir o cheiro do teu abraço e provar o sabor do teu desejo.

© Angela Caboz

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NOITE LINDA, NA TUA COMPANHIA

“NOITE LINDA, NA TUA COMPANHIA”

Se por detrás dos montes espreitares,

Vês começar a branca lua a aparecer;

E à luz da lua eu ponho-me a escrever

A teu lado, sob o sol dos teus olhares.

Um rouxinol canta versos nos pomares

Tão lindos amor, mas não os sei criar.

Na eira, por entre as risadas do lugar,

Há canções de desfolhada pelos ares.

Noite linda, tua companhia improvisa.

Do arvoredo vem rumor de leve brisa;

No azul do céu, serenata das estrelas.

E a lua sobe mais, está tão alta agora,

Como visões que contigo tive outrora

As quais nunca mais vim a perdê-las!

© Alfredo Costa Pereira

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SONHANDO ACORDADO !!!...

Imagem: Il Fiore

"SONHANDO ACORDADO!!!..."

Amanhece!...

Abro a janela do quarto...

Ao longe ouço a voz do mar;

Num doce murmurar!...

Velas brancas deslizando;

Vão vogando...

Deslizando 

Quais gaivotas... voando...

No céu azul!...

Doce encanto...

Como uma ilha tropical;

Nos mares do sul!...

Doce brisa... que sopra;

Suavemente...

E no ar maresia perfumada;

Penetrante...

E sol... é mar... bruma salgada!...

Paraíso tropical que nos rodeia;

E p´la janela do nosso quarto,

Nos nossos corpos nus...

Se passeia e enleia...

Nos envolve com um sopro;

Ou apaixonado beijo...

E nesse doce e sensual;

Despertar...

Nosso desejo,

Nos convida a amar...

Suavemente sentimos,

Uma languidez,

Alegremente sorrimos!...

Despertamos... e acordados;

A sonhar... acordados... a sonhar.

E acordados,

Para amar... amar...

Para sempre;

Queremos... e nos vamos sempre amar!...

© António Cláudio

https://www.facebook.com/antonio.claudio.

FELIZ DIA DE S. VALENTIM

© Fátima Santos Silva

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RIMA CERTA

© Lúcia Ribeiro

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DANÇAR SÓ PARA TI

Imagem: Bellissime Immagini

DANÇAR SÓ PARA TI

Apetecia-me estar aí, ao pé de ti,

Estar enroscada no teu olhar

Para sentir a ternura de amar

E assim sendo dançar só para ti.

Num rodopio ter-te rente a mim,

Como quem voa para lá do azul,

Para sentir o frescor de jasmim

E assim sendo vestida de tule.

Apetecia-me estar aí, ao pé de ti,

Estar naturalmente num jardim

Onde as estrelas brilham em mim,

Como quem reflete que é mui feliz

Por se sentir excelsa flor de lis

E assim sendo dançar só para ti.

© Ró Mar

https://ro-mar-poesia.blogspot.com

NAVEGAR, NAVEGAR...

Imagem: Amar e ser amado sempre

Navegar, navegar…

Navego sobre teu mar

Numa viagem indescritível

Só de sonhar com teu amar

Meu amor fica muito previsível

Jamais me lamentarei

Por sentir o amor assim

Tu sabes que eu bem sei

Que esse amor mo deste a mim

Invento em ti a alegria

Dum acto que assim é feito

Em tuas ondas vive a magia

Do amor feito a preceito

A luz do luar desaparece

Há uma penumbra constante

E nosso amor assim acontece

Na beleza dum pequeno instante

© Armindo Loureiro

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O DIA DOS NAMORADOS

Óleo de João Cabral

“O DIA DOS NAMORADOS”

De noite, a felicidade é raio de luar!

Ao passar, deixa a alma perfumada,

Tal como à flor o raio da alvorada,

Dá-lhe aroma e a faz desabrochar!

Quando a manhã se agita lentamente

Para festejar o dia dos namorados,

Há luz sem fim, embalada docemente

Por belos botões de rosa nos relvados.

Na verdura, abraçados, a nossa vida

Não passa, nem pelo ar nem pelo chão!

Mas sem nós sentirmos, minha querida,

Foge em regatos que saltam em cachão;

A felicidade é sentimento, é gratidão; 

A felicidade é luz, encanto amor e graça;

É o vaivém da vida como onda que passa!

© Alfredo Costa Pereira

https://www.facebook.com/alfredocostapereira

INSANIDADE

© Lúcia Ribeiro

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O MEL DO SOL

O MEL DO SOL

Por amar-te tanto amado meu...

É que visto meu mundo de utopia

No mel do sol tomo teu gosto de poesia

Sinto em todo canto o perfume teu...

A euforia que me toma ao pensar-te

A gangorra que me levanta tantas luas...

Meu ciúme das estrelas que tanto cultuas

Atormenta em agonia por tanto amar-te

Aparição de você na mais perfeita simbiose

Meu aroma rosé que te causa entorpecimento

Ah!... Quanta meiguice percebo em tua posse

Méis em delírios me folhando leve ao vento...

Ah!... Pensador adivinhante degustador de mim

Teu amor que me vêm no ultrassom dos golfinhos

Me dá e me deixa sem rumo em amor sem fim...

Tenho-te no olhar feito um véu de passarinhos...

No sabor agridoce que me tempera a lembrança

Guardo-te como uma rosa de avelã em sépia

No mel dourado dos teus olhos de esperança...

Lapido teu nome qual diamante da Antuérpia

Cada fio do sol que poeta minha’alma

Faz concentrar meu pensamento absorto

Ver o balançar das palmeiras a flor d’palma

Oh!... Certeiro amor direito dum jeito meio torto...

© Sônia M.Gonçalves

Son Dos Poemas 

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SAUDADE. AMA-ME.

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SAUDADE. AMA-ME.

Olho a chuva a cair e lembro-me

De um beijo húmido que grudou 

O tempo até hoje, olho-me

E vejo o rosto de quem me amou.

Olho o céu e vejo nuvens de algodão

Reescritas de palavras de coração

Que param o tempo até hoje,

Leio-me e decifro o quanto me amou.

Olho a Sé lá ao cimo e lembro-me

Da rosácea, arco-íris que corou

E tinge o tempo até hoje, 

Desenho-me e sinto o que me amou.

Olho o relógio àquela hora 

Que marcou o tempo até hoje

E à chuva sucede-se a aurora

De seu nome. Saudade. Ama-me.

© Ró Mar

https://ro-mar-poesia.blogspot.com

AMOR SENTIDO!

AMOR SENTIDO!

Quando te vi, logo te amei...

Os meus olhos, sempre a brilhar

fizeram-me parar e assim fiquei

presa aos teus olhos cor do mar.

Chamei-te e falei contigo

de coisas banais e outras não,

tratei-te como um velho amigo

que está sempre ali à mão.

Desde esse dia à tardinha

que estamos sempre juntos...

A tua mão na minha

e os beijos dados, muitos!

Vieste muito de mansinho

e instalaste no meu coração!

É contigo que eu caminho

pela longa estrada com paixão!

© Bernardina Pinto

Sorrisos da minha Poesia 

https://www.facebook.com/bernardina.pinto

ÉS...!

És...!

És a vida que permanece em mim

És o sol que atiça o meu desejo

És a minha flor do meu jardim

És meu sonho, que sonha o beijo

És vida a quem tudo dou, pertenço

És a minha crença e a minha lua

És a minha estrela de amor intenso

És simplesmente a minha vida nua

És a noite que não durmo sem luar

És as voltas do desejo que vivo atroz

És suspiros no silêncio do meu amar

És eterna fonte que corre sem parar

És margem do meu rio sem ter foz

És canoa onde navego para desaguar

© Maria de Lurdes Cunha

https://www.facebook.com/mlurdescunha