CONTROVÉRSIAS
Extenuada pela ansiedade em ouvir seu coração
descompassado, deferir a meiguice ao pronunciar
amo-te...
Entre devaneios desperto com os espinhos das rosas
murchas, lesando o meu corpo...
Aflita tateio no escuro, meus pés deslizam sobre cacos,
sentimentos partidos, fragmentados em pedaços.
Perdida nesse espaço, aprisionando-te na saudade...
Por vezes sinto meu corpo de papel em suas mãos...
Por vezes sinto meu corpo de papel em suas mãos...
Lágrimas de amêndoas maduras umedecem
a moldura, eu toda nua, apenas sua...
Mas subitamente a melancolia se faz presente,
limitando nossas mentes com suspeitas...
Adentramos por janelas, abismos desconhecidos,
causadores de conflitos, amarguras na alma...
Tranquilize meu coração, segure as minhas mão,
conduza-me por caminhos que não seja a solidão.
Não permita que a ausência resfrie a paixão, isolando
duas almas, amarguradas separadas, carentes de carícias,
amor e dedicação.
A brevidade do tempo não espera, quero-te agora, necessito
sem demora dizer-te amo você!
Rosely Andreassa