20 de fevereiro de 2016

AMAR É QUERER TER ASAS E SOBREVOAR


Art by Willem Haenraets


AMAR É QUERER TER ASAS 

E SOBREVOAR


Amar é perceber as curvas do teu olhar;
Dedilhar toda a tua alma e beijar tua pele;
Descobrir poro a poro o doce aroma a mel;
Inventar as estrelas até ao céu e voar;

Espelhar o teu corpo de anil luar;
Povoar o coração de olor impar;
Acreditar que o tempo parou para nós
E ousar declamar toda a poesia de nós.

Amar é querer ter asas e sobrevoar
Até onde jamais imaginamos que iriamos!
Rodopiar, enfrentar o horizonte e continuar
Em espiral até ao toque prazeroso que contemos.

Dois amantes que no silêncio de olhares
Difundem, a lanterna vozeirante,
Que encarna almas loucas e similares,
Delira de paixão e toca baladas a clarinete!

Somos nós, corpos suados e despenteados,
O leito em desalinho e as mãos coladas;
Una alma e coração! E, o tempo são feriados
Que nos vestem de vidas desejadas!

© RÓ MAR

19 de fevereiro de 2016

O TEU BEIJO




“O TEU BEIJO”


 O beijo que me deste com furor,
Feito de muita raiva e desejo
Indelével textura de um amor
Que não se satisfaz com um só beijo.
 
Mergulho insano e cheio de calor,
Que este meu coração mudou de arpejo,
Feliz nesses teus braços, sonhador,
Ao ver-te tão rendida ao meu ensejo.
 
Com dobres a vibrar em nossa vida,
Diante da paisagem colorida,
Encenamos o bom que a vida tem.
 
Comemos a maçã e do prazer
Fizemos nosso sonho renascer,
Juntinhos meu amor, como convém.
 
Abílio Ferradeira de Brito

6 de fevereiro de 2016

RESPIRO… QUE ME RESPIRAS




RESPIRO... QUE ME RESPIRAS



Hoje, respiro, o dia... que me respiras
Orgulhoso de teres na mão a flor, de beleza,
Que cuidaste no teu jardim! Suspiras
Frescor do dia pela tua alma de certeza!

Hoje, respiro... que me desabotoas a alma,
Perfumando o teu habitat com todas as pétalas,
Que cobres de beijos o chão, a cama
Dos desejos, em muitas outras falas!

Hoje, respiro... que me desenhas, com clareza,
À semelhança de uma natureza querida,
Que me respiras pelos poros da pele de certeza!

Hoje, respiro... o dia, que respiramos outra poesia!
Sinto que a utopia é real, versos de vida!
Sinto-me mulher em toda a geografia!

© RÓ MAR

AMAR... À BEIRA MAR!!!...




AMAR... À BEIRA MAR!!!...


Encontrei te naquela noite!... E com paixão,
Enlacei-te nos meus braços com carinho!...
Voámos juntos numa nuvem de algodão;
Em busca do Amor... no nosso ninho!...

Parámos para escutar a voz do vento,
E Inalar o doce perfume das flores...
Olhar as nuvens a correr p´lo firmamento,
E a Natureza qual paleta de mil cores!...

Sentimos o salgado cheiro do mar...
E as ondas a beijarem com espuma!...
Fomos banhados p´la prata do Luar..
E envoltos num lençol feito de bruma!...

Um casal de gaivotas veio espreitar;
Nossos corpos deitados na fina areia...
Jamais tinham visto alguém Amar;
Como se fosse o mar a vibrar na maré cheia!...

Após aquela noite regressámos...
Mais felizes... e mais forte nosso Amor!...
Essa noite maravilhosa que passámos...
Fantasias!... dum poeta sonhador...

© António Joaquim Alves Cáudio

https://www.facebook.com/antonio.claudio

UMA LEMBRANÇA




UMA LEMBRANÇA


Entrei no quarto com a luz 
apagada. Corri a sombra 
por trás da cortina e
a brisa da tarde entrou pela janela. 
Emanava o perfume das roupas
que jogaste ao chão. 
Mudo, entreguei-me ao momento esperado.
Palavras dispensadas
sorrisos parados no êxtase 
dos desejos mantidos em segredo.
Intimidade total.
Tarde entregue ao sabor do privilégio
de um amor sem fronteiras
quando a noite começava.
Desponta o dia
abrem-se as cortinas
embrulho aquela lembrança
e levo-a comigo.

Fernando Figueirinhas


ALEGRE DESPERTAR




“ALEGRE DESPERTAR”


 Quero acordar feliz na tua cama,
Sentir o teu pulsar, o teu calor,
Como é bom abraçar a quem nos ama
Na teia do prazer, curtindo amor.

Enquanto que há em nós acesa chama,
A vida tem beleza e esplendor,
Viril é o desejo que se inflama
E nos enche de ânsia com furor.

Eu quero amanhecer na tua trança,
Sentir em mim teu corpo que balança
E ver a luz sublime desse olhar.

Unir a minha boca com a tua,
Acarinhar teu rosto à luz da lua
E ouvir cantar as musas ao luar.

Abílio Ferradeira de Brito