28 de maio de 2018

PARA LÁ DAS JANELAS...


Imagem - Belissime Immagini


PARA LÁ DAS JANELAS...


Leva-me para lá das estrelas
Ente o céu de um desejo teu,
Num coração de abraço meu
E vive-me para lá das janelas...

Num eterno beijar 
Troca-me os lábios serenos
Pelo teu salgado amar
E assim seremos plenos...

Num turbilhão instantâneo
Ama-me assim, mais que nunca,
Ente o céu e um desígnio momentâneo
Seremos a fonte que se junca.

Leva-me para lá das estrelas
Ente o céu de uma outra utopia,
Escreve-me pela pele a tua poesia
E vive-me para lá das janelas...

© Ró Mar

TEU CORPO


Imagem: Bellissime Immagini


TEU CORPO


Quero abraçar teu corpo Cinderela,
Ouvir cantar a musa em teu regaço,
Guardar teu lindo nome na lapela,
Fazer amor contigo num abraço.

Dançar com as meninas dos teus olhos,
Num arraial fulgente de langor,
Rasgar o teu vestido de mil folhos,
Tomar-te em meus braços meu amor.

Chamar de meus, teus seios de princesa,
Adormecer feliz nesta certeza,
Que nos vamos amar a vida inteira.

Sonharmos bem juntinhos com desvelo,
Adormecer feliz no teu cabelo,
Sabendo, que tu estás à minha beira.

Abílio Ferradeira de Brito

26 de maio de 2018

PELA `BELA FLOR´ DO NOSSO CASTELO


Art by Consuelo Arantes  


PELA `BELA FLOR´ 

DO NOSSO CASTELO


Dá-me esse teu silêncio
Num sorriso mui aberto,
Tua flor de cerejeira ao olhar,
Cinco estrelas pelos ares
E dar-te-ei o sonhado beijo
Que entrelaçará teu cabelo
Pela `bela flor´ que tão desejo.

Dá-me a conhecer esse amor
Num silêncio que dê que pensar,
Tua flor de laranjeira ao lábio,
Cinco estrelas pelos ares
E dar-te-ei minha mão
Que adormecerá teu coração
Pela `bela flor´ a teu jeito.

Dá-me esse teu silêncio
Num sorriso mui aberto,
Tua flor-de-lis ao peito,
Cinco estrelas pelos ares
E dar-te-ei meu coração
Que será mestre astrolábio
Pela `bela flor´ do nosso castelo.

© RÓ MAR

19 de maio de 2018

A história do miúdo e da miúda - 1º capitulo




A história do miúdo e da miúda - 1º capitulo  


Beijaste-me um sonho! Acordando-me de um pesadelo. Tocaste nesta alma adormecida, cantando-me a melodia que eu já conhecia, mas tinha prometido não voltar a cantar. A música da vida de que eu me fazia esquecida. O meu coração andava ferido. A minha alma defendia-se da dor ocupando-se de uma solidão acompanhada. A minha alma vivia trancada nesse castelo da ilusão. Essa muralha feita de pedras de sofrimento.
Tu chegaste e beijaste-me um sonho, como quem beija um desejo. Deslizaste os teus sonhos sobre a muralha que sem desmoronar despertou o meu coração. Trouxeste-me oxigénio para este corpo que para se manter vivo respirava histórias já vividas de um passado lamentado. Tu tiraste-lhe a respiração com toda a tua emoção abraçando-me sem medos, nem tristezas. Ali só cabiam os nossos sonhos.
Encaixaste cada um dos teus sonhos na minha vida. Encaixaste tudo o que tu eras na verdade, numa realidade que só eu não queria ver. Mostraste-me quem eu era e eu descobri-me nos braços de um amor. Sem pudores despertaste-me a paixão, que eu tinha guardado nas entranhas mais profundas do que eu sou, para que ninguém ousa-se descobri-la ali. 
O meu corpo soltou-se. Deixou que o desejo toma-se conta dele. Chamou pelas borboletas adormecidas que já quase não sabiam dançar o bailado da paixão.
Chegaste e beijaste-me um sonho. Reviraste a minha via. Roubaste-me a timidez e emprestaste-me a ousadia. Chamaste pela minha paixão, e eu beijei-te a boca para que o meu silêncio dissesse tudo o que estava sentindo. Olhei-te nos olhos e percorri o teu corpo sedento de amor. Sorriste-me e apenas disseste cheguei, sem passado e convido-te para o nosso futuro. Trago-te este amor que sentimos e convido-te para o vivermos.
A única resposta que te dei foi mais um beijo que durou uma eternidade. A minha mão deslizou até encontrar a tua e fomos por ali pela rota que a vida nos fez. 
Havia um amor à nossa espera e o sonho era o nosso cúmplice.

 © Angela Caboz

5 de maio de 2018

SELEI O AMOR...


Imagem - Amar e ser amado sempre.


Selei o amor…


Com um beijo selei o amor
Que de há muito tinha por ti
E tu e mais o teu humor
Disseste-me: amor eu o senti

Agora que ele está selado
Já não preciso de nele pensar
Belo momento me foi dado
Para agora te poder amar

Mas que belo esse momento
Em que aconteceu a selagem
Agora a todo o tempo
Posso olhar para a tua imagem

Coabito junto contigo
Fazes parte do meu ser
Sabes bem que sou amigo
E a meu lado colherás prazer

Por vezes fico alucinado
Ao olhar no teu olhar
Profundo é o que me é dado
É assim que te quero amar

Dizes-me tão docemente
Que gostas deste meu ser
E eu fico tão contente
E espero não te desmerecer

Sinto-te por vezes a tremer
E junto-te aqui a meu peito
Para mim é grande o prazer
Quando nele teu corpo ajeito

É uma paixão deveras medonha
Que eu sinto de há longo tempo
Qualquer outra na sua carantonha
Jamais me quereria com sentimento

Quero-te pois acariciar
Dar-te tudo o que há em mim
Só assim me poderás amar
Tu flor do meu jardim

Entras em total frenesim
Colho essa tua sensação
Gosto de ti por seres assim
E incendeio-te com paixão

Há uma chama que arde lentamente
Que quase ninguém a consegue ver
Mas para mim que sou contente
Eu a vejo e sempre te quero ter

São desafios que me fazes
Até ao remate final
Tu sabes que me satisfazes
Teu amor não tem outro igual

Habitas assim em meu corpo
E eu gosto tanto que seja assim
Endireito-me não fico torto
Porque de ti sempre estou afim

Há um cirio que me alimenta
Quando olho no teu olhar
Teu corpo logo me tenta
É bonito o nosso amar