10 de novembro de 2016

UM DIA DE OUTONO




“UM DIA DE OUTONO”


Na tua boca virginal, bela e cheia de pejo,
Nos teus lábios plenos de desejo e emoção
Dei um profundo demorado e longo beijo
Que até penso que nos chegou ao coração!

Era a hora em que as gaivotas vão passando
Em altos e amplos voos para os seus ninhos;
Éramos acariciados por um vento brando
Enquanto nos mimávamos com carinhos.

Teus cabelos eram pedaços de sol desfiados
Que eu, feliz, conseguia suster na minha mão.
Na areia ficavam as pegadas da nossa união.

Regressamos a casa na calma e descansados;
Passou-se mais um dia de Outono, frio agora;
Não arrefeceu a paixão que no coração mora!

Alfredo Costa Pereira