1 de janeiro de 2020

ARAB DREAMS


Ilustração obra Léon François Comerre


ARAB DREAMS
(SONHOS ÁRABES)


Deixei-me, adormecer,
No coração do deserto.
Sonhei com céu aberto
Que anseio, conhecer.

Dormi, na areia quente.
E deixei o espírito fugir,
Pra ver teu ser carente,
Com a alegria de sorrir.

E, o meu ser peregrino.
No céu como um falcão,
Viu o chão, a pente fino,
Pra pender teu coração.

Um velho sábio beduíno.
Leu a minha carta astral,
E disse que meu destino,
É igual, ao teu tal e qual.

Hipnotizei-me, com a cor.
Do seu traje, azul tuareg,
E desesperado por amor,
Segui ao sonho entregue.

Ah! Estes sonhos árabes!
São feitiços, e são ilusão,
E sei que também sabes,
Apreciamos, esta paixão.

Quando velho sol nasceu,
E, meu ser frágil acordou.
Provei o doce do beijo teu,
Logo que o sonho acabou.

Foi a lâmpada de Aladino,
Neste sonho, meu talismã.
Encontrei teu ser paladino,
Eram seis horas da manhã.