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AQUELE TEU MEIGO OLHAR
Já ronrona o motor, do pequeno avião;
Com telas ao sol lá começa a descolar,
E com ele nós ascendemos, a imaginar
Ficar só os dois naquela azul amplidão!
A manhã é divina de um azul virginal;
Como se eleva ao céu fugindo da terra
Em ascensão serena como a águia-real
Sugada por térmica em cima de serra!
E num devaneio pusemo-nos a sonhar
Nas alturas onde a terra parece queijo;
Tudo se enflorou naquele meigo olhar!
No meio do céu com o avião a planar
Em piloto automático demos um beijo.
Durou até à hora de termos de aterrar!
Alfredo Costa Pereira