8 de julho de 2015

ATÉ À ETERNIDADE...


Imagem - Juliana Pasadena- Sensualarte


Até à eternidade…


Tenho medo dos meus temores
Erradicados num corpo ao leu
Desnudo-me e meus calores
São o alvorecer desse teu céu
Levo-te com total alegria
Em meus braços que são demais
Resumindo foi uma só num dia
Durou tempo para ouvir os teus ais
Definhaste dessa maneira
Em meu peito forte e belo
Fizemos assim uma bela asneira
Só meu falo em ti querias tê-lo
Durou dentro de ti uma eternidade
Essa tentativa tão frenética
Hoje mesmo sinto a saudade
Duma exibição sem qualquer ética
Mas tu querias ver a corpulência
Desse falo em seu trabalhar
Despertei em ti tal apetência
Que só o querias ver a sair e a entrar
Condecorei-te com os fluídos meus
Condecoraste-me também a mim
Bramiste quando foste aos céus
Numa ebulição que partiu de mim
Creio-te nessa mesma ventura
Que é a partir de agora inestancável
Os dois ali sós e grande secura
Num momento tão expectável
Quase que não tirava a raiz
De dentro do teu pensamento
Em teus olhos via-te feliz
Por passar comigo tal momento
O amor coisa mais bela
O que é que se pode dizer dele
É que o mesmo começa na barbela
E termina quando se abre a pele
Depois de a pele se abrir
E aceitar o falo receber 
Um casal sente-se se se está a vir
Num momento de total prazer…

Armindo Loureiro